sexta-feira, 20 de abril de 2012

As pessoas nas organizações


            Em um momento de grandes transformações no cenário econômico, no mundo globalizado, se faz necessário entender a forma, ou as formas, como as pessoas costumam lidar umas com as outras em seu ambiente de trabalho. Por exemplo, sabe-se que desde o início da humanidade, o homem procura conviver em sociedade de maneira harmônica e produtiva. Nem sempre é coisa fácil. As pessoas precisam de cuidados especiais, por isso é fundamental vê-las realmente como pessoas especiais. Valorizá-las implica em reconhecer em cada uma seu potencial, mesmo que este potencial esteja adormecido (ou pareça inexistente).
Pensando no contexto organizacional é importante lembrar que toda empresa é composta pelo seu capital financeiro, material e humano; porém, salienta-se que o humano é o seu bem mais precioso. Saber valorizá-lo é sinal de inteligência administrativa. Ou seja, como as empresas estão cada vez mais preocupadas com a gestão de pessoas, potencializarem o capital humano acaba agregando valor ao produto final gerado nas empresas. Isto porque, relacionar-se bem uns com os outros implica em criar um ambiente favorável à gestão de pessoas. Enquanto que, o inverso gera desconforto pessoal e profissional, dando margens às doenças psicossomáticas. Entre elas: as enxaquecas, cefaléias e dermatites. Como resultado, vê-se o aumento do absenteísmo - termo usado para designar as ausências dos trabalhadores nas organizações seja por falta ou atraso.
               Observa-se, ainda que, o fato do ser humano ser essencialmente um ser social, este tende a buscar a vida social. Gerando em si um sentimento de pertença. Ou seja, o sentimento de poder pertencer a um grupo. Por isso que, também nos espaços virtuais, buscam-se os sites de relacionamentos. Ora, a falta desse convívio dual – tão bem comentado pelo psicólogo norte-americano Carl Rogers como sendo de pessoa a pessoa - ou o empobrecimento em suas relações tem provocado inúmeros transtornos, entre eles os desvios de comportamento. Nos espaços organizacionais, esses desvios são observados quando não se consegue estabelecer uma relação de contato satisfatória no clima organizacional. É o que Eduardo Soto* (2009) chama de o impacto das emoções.      
       As pessoas, dentro das organizações, acabam sendo um start para o sucesso ou insucesso. Saber gerenciar esse patrimônio é saber administrar e valorizar aquilo que se tem de mais importante no contexto organizacional: a individualidade de cada colaborador.

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SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Cengage Learning, 2009.


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